segunda-feira, 7 de maio de 2012

Leitura Complementar....

“Amor Grego”. Os gregos antigos não tinham a noção do pecado, que é própria da cultura judaico-cristã. Para eles, os desejos sexuais eram uma espécie de força da natureza e nem sempre acompanhavam o amor (o que os gregos condenavam era a hybris, o excesso). Aliás, muitos casamentos eram arranjados pelos pais dos noivos. Portanto, mais uma vez, não podemos julgar os gregos por nossos valores. Eles tinham a própria maneira de ver o mundo.
Entre os nobres gregos (mas não entre as camadas populares, que não frequentavam ginásios nem banquetes), no período clássico (século V e IV a.C), havia o costume de um homem mais velho proteger um rapaz adolescente, também nobre. É o que se chamava de pederastia. Os historiadores se dividem a respeito da natureza sexual desse contato. De qualquer modo, não podemos avaliar o homossexualismo grego segundo os nossos padrões. Raros pederastas relacionavam-se apenas com homens: seria mais fácil encontrar o nobre grego que se casava, tinha filhos e matinha relações com inúmeras mulheres e também com rapazes. Não sentiam culpa nem havia rótulos para esse comportamento. Eventualmente, as mulheres também tinham relações que hoje nós chamaríamos de homossexuais. A poetisa Safo, que viveu na ilha de Lesbos, no século VII, escreveu belos poemas para sua amada, admirados por todos os gregos. É por isso que hoje se utiliza a palavra lésbica para designar a mulher que ama outra mulher.
Embora os gregos aparentemente fossem mais tolerantes com a homossexualidade, havia leis rigorosas que puniam relações sexuais entre homens, como assinala o historiador grego atual Nikos A. Vrimssimtzis.

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